Em 2018, o Brasil atingiu a 64ª colocação no Índice Global de Inovação, subindo cinco posições em relação ao ano passado. Apesar de ainda estarem caminhando na implantação de novas tecnologias, os varejistas brasileiros já perceberam que o mercado e as expectativas dos clientes estão mudando com rapidez. Nesse cenário, quem não inova está perdendo oportunidades para a concorrência.

Para começar e manter esse processo na sua empresa, é importante que toda a sua equipe esteja alinhada e preparada não só para o uso de tecnologias, mas também para pensar em novas técnicas e processos que possam melhorar o dia a dia e a entrega final para o cliente. Mas você sabe como dar os primeiros passos para criar uma cultura da inovação?

O Diretor Executivo de Ofertas e Produtos de Varejo da TOTVS, Elói Assis, deu algumas dicaspara os gestores que precisam preparar os seus funcionários para essas mudanças. Continue a leitura!

Não tenha medo de errar

A sua equipe deve estar ciente de que não existem respostas prontas do que dará certo ou errado no processo de inovação e de transformação digital: as empresas precisam realizar testes para saber quais são as soluções que funcionarão melhor na sua rotina. Muitas vezes, o aprendizado só virá depois de errar, mas isso não precisa ser tratado como um grande problema.

O principal é aprender que errar pode ser bom. Nós temos uma cultura de não querer falhar, de que temos que ser perfeitos, mas quando falamos de inovação, é preciso lembrar que esse é um processo mais lento e difícil”, destaca Elói Prado de Assis.

É preciso apenas ficar atento para identificar se os erros são repetitivos em um mesmo processo, porque isso pode ser um sinônimo de falta de aprendizado. Contudo, se o problema trouxer novas soluções que permitem a evolução da sua empresa, lembre-se de que é válido, até mesmo, que a sua equipe celebre o ocorrido.

Invista em pesquisa

Massachusetts Institute of Technology (MIT) identificou que os investimentos no Brasil em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) ainda são realizados, em maior parte, pelo setor público. Se as empresas privadas não começarem a investir mais em novas pesquisas, dificilmente conseguirão atingir bons resultados em inovação.

As pessoas estão muito focadas em desenvolver tecnologias, soluções e produtos, mas se esquecem da pesquisa. A busca por novos conhecimentos e o teste de hipóteses é o que efetivamente permite que as inovações cheguem ao mercado”, lembra o Diretor de Varejo da TOTVS.

Uma pesquisa da PwC revela que a Amazon é uma das empresas que mais investiu em pesquisa e inovação durante o ano de 2017: foram US$ 22,6 bilhões, sendo que esse valor é 40,6% maior do que no ano anterior. Essa é uma das razões de a organização subir muitas posições nos rankings de maiores varejistas do mundo, como o organizado pela Delloite.

Estruture uma equipe diversa

Já existem alguns estudos, como o da McKinsey&Company, que destacam a importância da diversidade para o crescimento das organizações. Segundo o relatório da consultoria, as empresas com as equipes mais diversas obtiveram um retorno financeiro 35% maior do que o das suas principais concorrentes.

A inovação se torna algo mais natural e corriqueiro quando ela parte da diversidade. A multiplicidade de ideias é fundamental, porque assim as pessoas se desafiam e questionam aquilo que parece estar no caminho errado”, completa Elói Assis.

Desperte o senso de urgência

Com tantas transformações, é preciso despertar em todos os funcionários o senso de urgência e mostrar que a empresa pode ganhar mais relevância no mercado se estiver aberta às mudanças. “Por força da tecnologia, estamos vivendo um momento em que os ciclos de inovação acontecem muito mais rapidamente”, reforça Elói.

Organizações de fora do Brasil, como as asiáticas e americanas, estão conseguindo mais espaço por oferecerem produtos com maior qualidade para os consumidores. Parte do sucesso vem do investimento em modelos de negócios disruptivos e em inovações tecnológicas que auxiliam em todos os processos, desde sistemas de gestão para as atividades administrativas ou Internet das Coisas auxiliando o cliente a ter experiências diferentes dentro das lojas.

Desenvolva as capacidades humanas

Quanto mais investimos em inovação, mais focamos nas capacidades humanas. É que os sistemas desenvolvidos têm automatizado os processos repetitivos e burocráticos, dando espaço para que a mão de obra humana possa se dedicar a atividades que envolvam a criatividade, o pensamento crítico e outras habilidades importantes ligadas aos valores e sentimentos.

O Diretor de Varejo da TOTVS destaca que as empresas estão valorizando mais as pessoas pelo o que elas são, do que pelos processos burocráticos que elas conseguem desempenhar. Além disso, deixar as atividades repetitivas serem exercidas pelas ferramentas tecnológicas também é importante para que o varejista consiga focar no core business da empresa e na experiência do cliente — que são elementos essenciais para ter uma organização mais duradoura.

Se você está no centro da inovação, é esperada uma atitude mais ligada aos valores humanos. Isso é importante para a empresa, que se torna mais relevante, e também para o funcionário, que se torna mais feliz, ativo, engajado e desafiado pelas novidades”, completa.

Permita a experimentação na prática

A realização de treinamentos, bate-papos sobre inovação e visitas externas para conhecer a aplicação de novas tecnologias são algumas atividades básicas a serem realizadas. Mas é preciso que os gestores permitam que os seus funcionários já utilizem, na prática, algumas ferramentas como os sistemas ERP, para verem como elas podem aumentar a produtividade.

Os líderes também precisam colocar nas suas rotinas as novas tecnologias. Uma das melhores iniciativas é a liderança pelo exemplo, para que todos vejam que as propostas de inovação são válidas e possam embarcar nessa jornada”, enfatiza Elói Assis.

A gestão ágil e a experimentação devem ser valorizadas, deixando à disposição dos seus funcionários alguns espaços de user experience e laboratórios voltados para o aprendizado e a descoberta, incentivando a inovação baseada na resolução de problemas reais — que é a chave para trazer melhorias para o seu negócio.

Agora que você já conhece alguns passos importantes para criar uma cultura da inovação na sua organização, continue no nosso blog e entenda como o Big Data pode ser vantajoso para a sua empresa!